
Não tenho medo de cair fundo, de ficar presa na imensidão, de me contradizer por varias vezes, ausentar-me por dias e noites, andar em montes e vales, percorrer cidades e aldeias, pelo menos viver eu não tenho medo.
Mas existe sempre o receio de ser esquecida entre muitos, receio de ninguém se recordar do meu nome, e morrer só, sem que alguém chore pela minha morte...
Assusta-me que um ser humano viva na solidão, dentro de quatro paredes, isolados... por vezes só com a companhia de uma televisão.
Penso no sofrimento que estes passam para tentar pedir ajuda.
Na sua idade, os ossos são frágeis, imunes á força que os deixa ficar ali sofrendo naquele horror até partirem deste inferno...
Em mim só há revolta e frustração da maneira como sentem a falta destas pessoas que guardam em si história lindas que deveriam ser guardadas num livro de memorias de anos passados e que hoje ficam enterrados em poços fundos por um mundo novo criado por uma sociedade diferente do que era (em sentimentos principalmente) ...
Mas nem todos tem a capacidade de recordar esses tempos, pois as doenças atacam os fortes e os fracos e por isso a atenção deveria ser assente neles...
Depois de tantos anos são encontrados em suas casas sem vida e só são descobertos por aglomerarem dividas ao estado --'
Nunca vi forma tão cruel para se lembrarem de alguém...
p.s.- tenho pavor à solidão
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