Páginas

Bloco de rimas


Dou um passo errado sem firmeza, tu perguntas-me quem sou, 
Eu baixarei a cabeça, a minha identidade não é clara é a incerteza
Peço perdão pelos meus estragos, 
O concerto fica parado no vazio, pequenos pedaços soltos de um fio
Que não foi criado com dignidade se transformou num monstro com vaidade
De (uma) inocência perdida, palavras resumidas sem que haja refrão, 
Eu lutei por tudo, mas tudo foi em vão.
Por muito que queira transmitir aquilo que sinto, fica tudo por dentro num circulo infinito.
Tudo o que há, acaba depressa, 
Faz-te à estrada mas tem cuidado com a armadilha deste puzzle de 100 mil peças, 
Eu serei uma delas perdida nas remessas.
Sou egoísta por recorrer a ti no momento mais benevolente
Foste um Deus criado pela minha mente indecente.
Alguém um dia me disse que a felicidade está em cada canto
Faz o bem, ela virá a ser o teu espanto.
Porque quando ajudas e és puro, tudo que terás do teu lado estará seguro.
O esgotamento chegará sem aviso prévio, estarás velho sem remédio.
Mas antes irei mostrar que a minha insanidade sem preconceito
É um respeito que valorizo, é Arte sem o seu juízo.
Poucos entendem este meu jeito de ser, eu vejo-me triste ao saber.
Que a tua mente não deixa entrar o suave espirito da lei da atração
Faz o que sentes e guia-te mais pelo coração.
Politicamente correto é bonito, mas só irás ser visto como um individuo.
Se queres nome e consideração, desvia o rumo dessa multidão
Ela engole tudo o que deseja se quiser até faz de ti uma tenneger
Escuta agora estas palavras...
Se eu partir irei regressar, fazer tudo de novo e ensinar que o verdadeiro poder que temos
é manter um corpo com vida e poder viver sem medo da saída.
Alguém irá valorizar o meu esforço, aí saberei a diferença do sorriso torto.
Sei que não sou uma só, vario em tempos por tempos até virar pó.
As cinzas irão voar, vaguear pelo ar, se alguém as respirar irei entranhar e ressuscitar.

points.
..............................................................



Não são grande coisa, mas liberto-me e gosto deste jogo incógnito das palavras.





Milk:
Estado de merda que ganha centenas
E rouba dezenas a pobres que morrem por milhões
São cabrões, que não atingem a pureza
De verem com franqueza, este mundo em que estão
Esfolo-me por ter tudo e não tenho nada
Eles não fazem puto e fodem dinheiro nas bermas da estrada
Eu não sei quem é a pessoa
Que se apodera de pobres e se acha boa...
É filho da puta? É cabrão de merda?
Não sei, mas não mereciam viver na Terra
Revolta e incapacidade de fazer
Não imaginam o que é sofrer.

Pisco:
Mas esses, já nasceram num berço de ouro
Caminho certo sem tesouro
Roubam muito não fazem nada ao ver o povo ao estouro
Tudo é lucro pra eles, mais uma casa ou outra no monte
E muitos outros debaixo da ponte.
E a humildade, está onde?
Não a encontro porque ela se esconde.



Ironia ou não, acabei por te dar razão
Confessei a palavra errada
Deu torto essa treta de fachada
Hoje acordo de sorriso, por ti não dramatizo
Mamo uma e gozas-me na mão
És pior que cifrão.
Esse nevoeiro enfeitiça cabeças
Pra ti minha querida erva, és rodada em mesas.
Todos se deliciam e arrepiam
Pra te sentir cá dentro e deixar grande tormento
Eu irei gostar sempre de ti, como tu de mim.
Beijo-te como uma flor adoro o teu odor.
Sinto-me perfeita contigo, és o meu paraiso.




 Num quarto vazio escreveu o que viveu
Histórias que lhe fizeram crescer, aprender
Que a vida doí mas vale a pena viver
A fusão criou-se entre dois seres
Divindade dos prazeres.
O prazer carnal  deu ao mundo
Alguém real.
Pequena indefesa, viu o começo a sair da mesa.
O medo provocou a capa da protecção
Tornou-se a mulher da confusão
Sorria no exterior,
Chorava sozinha junto do seu cobertor.
Menti, para que também fosse feliz
Junto de amigos imbecis
Ninguém imaginava o que ali se passava
Tudo era perfeito como gota de agua.
A lágrima não aguentou,
Deitou tudo cá pra fora até que sufocou
Estupefactos, de boca aberta,
Calaram-se de forma discreta
Poucos entenderam outros entardeceram
Ela sorriu e mostrou que a luta ainda não acabou
Soube quem tinha por perto e esses
Deram a cara ao manifesto
Aquela menina pouco aspecto tinha,
Evolui e fez-se à vida.
Muitas vezes levantou a voz
Gritou tão alto que chegou até nós:


Eu sou aquilo que vi e presenciei 
Na torre alta eu gritei
Eu luto pelo meu rumo
Tenho espírito negro até ao fundo.


........


A minha mente
não consegue retratar os factos
os argumentos esses traços
que imaginei, sempre sonhei
e acabaram no fundo
de pontos de (in)consumo,
que correu o risco
de perder o isco
e mesmo assim desenvolvi,
pontos que perdi,
Agora crio um mundo surreal,
onde tudo é anormal,
Linguagem profere arrepio,
Dentes do siso calam o pio,
São fases da vida que nos retomam na saída,
Perdida e vazia , solitária escondida.
Mafiosos olhares desses vadios avatares.
Famintos, deliciosos como eu
Barriga já estabeleceu
O sitio seguro tarda a vir
Se navego no fundo ele vem emergir
Estrada mal tratada , esfoliação indesejada
Luta-se pela repressão
Salários de tostão
Clarifico as ideias, imagino-me de meias
Correndo nua na multidão
Gritando forte pelo coração
Alguém ade ouvir e entender
Que estas palavras ainda tão a crescer
............




Juro, que me fartei de tudo
De viver neste mundo inseguro
Vidas de rotina, caminhos sem saída
Eu quero fugir e poder prosseguir
Quero, ter na mão a liberdade
Encontrar humanos sem falsidade
Apoio monetário não preciso
Vem só no momento mais decisivo
A mágoa vai, ela cai
Desliza pela fonte onde o rio sai
É inútil tentar ser patrão
Não tens direitos muito menos razão.
Lutas, disputas, tentas ser
Mas no fundo és iludido pelo saber
É podre, ser otário, imbecil, ordinário
Se dizes a verdade és tu o mentiroso
Por isso mente a essa gente, eles gemem
Mas é por terem o cu quente.
Desculpem o meu calão
Mas disparo às palavras como um vulcão.
É isso que caracteriza as pessoas
Umas más outras boas.
Os verdadeiros não sabem o que são
Morrem pelo respeito da sua nação
Não são reconhecidos, nem louvados
São apenas cadáveres mumificados.
Eu dou a honra da coroa,  do saber amar
Gostava de criar, de parar de imaginar
Transmitir aos outros o meu lado lunar
Tenho medos e receios,
Dos azares que ocorrem pelos meios
Não exemplifico, apenas modifico......
 ...............




Ideias sobressaltadas
Lutas e promessas, marcas cicatrizadas
Ficam palavras por dizer, dúvidas por perguntar
Sentimentos reflectidos em telas de pintar
Lágrimas de nostalgia perdidas pelo vento
Levadas pelo mar, em momentos de desalento
Cheiros, vontades e desejos
Tenho saudades do passado sobretudo dos teus beijos
Claridade crua, viva na memória
Ficamos vagueando na Lua, por relembrar a tal história
Brutamente, incandescente
Hesitações rápidas, geridas de cabeça quente
Desumano relíquia por sinal
Espancamento marginal
É a revolta em mim que me faz crescer
Entender,
Perceber que no amor não se dá sem se receber

.............





Critica suicida,
Forma de viver sem uma única saída
Pessoa desconhecida, torna-se um presente
Jamais passado muito menos incidente
Rimas em expressão, são momentos de reacção
Liberdade e calma, sem espírito na alma
Momento de palavra em decadência
Cabeças roladas em estado de efervescência
Realismo gere eufemismo, ideias triviais
Sociedade crítica ate por demais
Desejos e atracções, é um prazer animal
Acaba em ilusões numa mente menos racional
Não me guio por linhas concretas, foco-me nas coisas mais incertas
Sei aquilo que és, não superas o especial
Ficas-te pelo que é mais banal,
Sem originalidade
Queres crescer com os outros na integridade
Metes nojo ao próprio espelho
Mas existe aqueles que caiem no teu paleio
Receio resolvido, lágrima apagada
Mal tratada, incapacitada
Tua pele de brilho, não tapa essa cara mal amada
Não abres os olhos, não
Deixa-te ficar ai num canto tipo cão
Humano imbecil, não vês quem te ama
Não superas a dor e refugias-te na cama
Cobertor desolado, sujo e mumificado
Paras-te e não caminhas-te
Caguei pa tua cena, não completes o meu dilema

.................




Efeitos que me provocas
Eu assumo e tu invocas
Pensamentos transcendentes
Emoções frias , emoções quentes
Gosto do teu cheiro, gosto do teu sabor
Unes as pessoas e apagas a dor
Com um único bafo trazes alegria
Interior reage e não quer outra via
Tu és cara mas vale a pena
Crias alucinações e fazes o poema

...............

Sem comentários: