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sexta-feira, março 11

+ oo

O que se faz quando algo nos mata?
Como combatemos o que queremos fazer ?
Eu não sei, não sei porque faço o que faço, não sei porque escondo o que escondo, não sei porque não admito o que sinto, não sei nada...
O que se faz, quando o nosso corpo não obedece e se desloca numa direcção errada, por um caminho errado, por uma ideia errada ... novamente eu digo que não sei ...

Sinto-me um pedacinho de ser no meio deste mundo infinito, simplesmente quero voltar aos tempos em que um minuto era um tempo marcado.
E se tudo é uma ilusão, eu desminto dizendo que o que está dentro de mim é uma realidade e sabendo que lá fora o perigo é grande, deixo-me ficar no meu cubo de protecção, onde a defesa é a imensidão e o ar o poder.
Respiro fundo e mesmo assim não consigo virar uma pagina de história, marcada em mim como uma cicatriz, já não há palavras, nem mesmo emoções, sinto que tudo se perdeu numa valeta cheia de ódio e rancor...
Mas sufoco... quando aquela música toca e remexe todo o meu ser, quando fecho os olhos e passam aquelas imagens, quando uma única coisa me faz voltar aquela outra vida que construi ...
Tento mas não consigo desligar-me, sinceramente também não quero ...
O tempo não cura isto, suspirando infinitas vezes, sei que não irá curar

p.s.- uma expressão facial explica as palavras

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