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sábado, abril 16

mother, are only *



O ser humano normal tem a capacidade de ouvir, falar, escutar, cheirar, andar e sobretudo pensar e sentir. Mas no mundo de variedades nunca existirá algo que seja perfeito como a água, o sol, os planetas, algo como a Natureza.

Não vale de nada pensar que num ser humano tudo é imperfeito, pois existe pessoas especiais que não tem a capacidade como nós temos, de ver, ouvir, falar, escutar, andar, mas são especiais porque criaram em si capacidades que nós ditos "seres normais" não temos.
De qualquer forma somos todos diferentes mas todos iguais, porque sentimos e pensamos.

Sentir e pensar tem uma ligação científica, que corresponde ao nosso cérebro, o maior sistema do nosso corpo, capaz de interferir qualquer ligação, como um computador sem o seu rato, o seu ecrã, o seu teclado, ou seja qualquer anomalia no nosso cérebro prejudica todo o resto.

Tudo isto para chegar a uma doença chamada tumor cerebral, que acaba por ser uma doença psicológica.
Uma doença em que as pessoas não vêm, nem sequer imaginam ...

Na minha vida está doença afectou-me gravemente de forma indirecta, afectou-me tanto que me fez crescer ser mulher e mãe da minha própria mãe.
Ela ouve, fala, escuta, cheira, anda, sente mas nem sempre pensa e reage de forma racional.
É uma pequena criança frágil, imune á força, incapaz de subsistir como independente de si.

Vou abaixo quando vejo que gozam com ela pelas suas atitudes, sinto pena quando a vejo sozinha caminhando devagar tentando não cair, sinto-me na merda quando os seus olhos dizem que está a morrer por dentro, sinto-me mal quando lhe digo o que deve fazer como uma mãe faz á sua filha, sinto-me forte e ao mesmo tempo fraca quando tento não chorar quando ela chora.

Tantos momentos passaram, e sei que no fundo sou a filha que ela sempre quis ter, a coisa que mais ama na sua vida.

Mas além de tudo eu também quero ser adolescente e aproveitar está fase que a vida me dá, quero ter os meus amigos, quero sair, ter liberdade assegurada e limitada, correr riscos e perigos, quero chorar no ombro da minha mãe quando estiver a sofrer de amores por um rapaz, quero partilhar os segredos de mãe para filha, no entanto não quero ser egoísta e vou vivendo, conciliando as duas coisas.

No meio de memórias escapa-se sempre a imagem de uma mãe com objectivos e determinada em viver, no entanto ela é um ser especial que tem o poder grandioso da vida amar a sua filha, que por vezes merecia dois pares de estalos na cara por merdas parvas que faz.

E se alguma vez me perguntarem se sou capaz de viver sem ela, eu direi que não caindo uma lágrima de felicidade dos meus olhos, por ter uma mãe que de certa forma cuida da sua cria de uma maneira própria.

AMO-TE :’]

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