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sábado, julho 23

want to fly



Foi a escapatória menos desejada, pelos erros falsos e controversos, mergulhados nas palavras cruéis e intolerantes, no maior receio imprevisível e massacrado, não tive a capacidade de lutar por aquilo que tinha perdido.
Deixei-me ir... seguir em traços interrompidos, em bocas sujas e desprotegidas, em mãos sabotadas pelo mais injusto sentimento.
Na destruição do vento eu nem sequer tive a mínima coragem de ir em busca do que mais precisava.
Agora imagino os meus dias, as minhas noites, os desejos incuráveis e as ressacas solitárias...
Perdi mas ganhei, não sei o que foi, mas sei que um dia serei alguém no desalento comiserável e perpetuo.

Ainda não sou capaz de dizer "NÃO", dizer algo sem ferir, responder ao meu porquê, prosseguir a maratona da vida, ainda não ... é injusto ter um poder tão forte nas mãos, ter de proclamar uma palavra capaz de derrotar um mundo de alguém, um sonho, uma esperança...

Ainda sou a criança desprotegida pela imensidão de um mundo egoísta.



p.s.- Quero voar e ter a capacidade de seguir sem medo.


2 comentários:

Anónimo disse...

'mansidão' n existe, aninha!

Ana Oliveira disse...

'imensidão' desculpa o colapso :o