
O nosso interior é tão intenso, que nem sempre o nosso cérebro consegue explicar isso.
A vida é uma encruzilhada de caminhos e neles um repleto ar de sentimentos e por vezes há uma pessoa que vem provocar o mais controverso, incompreensível e fascinante dos sentimentos.
Tem nome de amor ou até paixão, e provoca em nós loucuras indeterminadas, vontades desejosas de viver e querer mais e mais.
Um dos problemas é que esse sentimento tem uma forma de uma pessoa e é ela que nos dá todo esse combustível. Mas a pior situação, é não existir correspondência e quando se dá também necessitamos de receber.
Esta será a pior fase, a tentativa de compreender o porquê. Costuma haver várias fases neste processo mas uma delas é dizer que o coração se engana e escolhe errado.
(É este o ponto que desejo esmiuçar.)
O nosso coração é um orgão de força no nosso corpo, ele bombeia o sangue ele acelera consoante o nosso esforço, ele reage aos nossos sentimentos. Mas existe também o nosso cérebro. É dentro dele que as ideias, as construções visuais, as imaginações surgem. Nele é trabalhado o desejo de encontrar alguém com X características, Y qualidades... até entendermos que nem sempre essa composição existe realmente. Mas dá-nos uma percepção do que queremos ter ao nosso lado.
Há pessoas com a sorte de encontrar tudo isto, mas não andaram à procura surgiu no seu trajeto.
Tudo é tão natural como o sentir e a razão forte aqui é conciliar a criação mental e fluir naquilo que se sente.
Infelizmente eu sou péssima nisso, penso demais e não deixo que o meu coração reaja, até ao momento que me esbarro literalmente em alguém que me hipnotiza e eu já nem sei como me chamo.
Dei o nome a esse estado: O momento de fascínio ...
Sim porque aquilo é um encantamento, depois os dias passam e começa aparecer as X características, as Y qualidades e elas não existem. Quem tomou rédeas foi o coração, o cérebro apareceu depois para mostrar que aquilo não é tão fascinante como parece.
Então eu cheguei à conclusão que não podemos deixar só o nosso coração falar, há que ter um pouco de cérebro para pensar, ponderar e ver realmente os certos aspectos.
Há imensos casos de desvalorização da própria pessoa por se manter junto de alguém que a maltrata e nem reconhece o ser humano que está ali.
Confesso que é complicado a libertação desse sentimento, o cérebro vê que não dá para continuar a viver aquilo, o coração relembra os bons momentos e existe ali uma troca de ideias que gere confusão interior. O melhor será mesmo amar-nos e valorizar-nos, o resto surgirá pelo o caminho.
Deixar o sentimento fluir é bom, mas pensar por onde ele vai também é fundamental.
p.s.- Hoje é dia 24.
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